Arritimias Cardíacas:
O ritmo dos batimentos cardíacos do coração é compassado e regular e sua frequência normal em repouso varia entre 50 e 100bpm.
Em algumas situações, como durante a prática de exercícios físicos, em períodos de estresse emocional, febre, anemia ou dor, estes batimentos podem estar mais elevados, o que é normal e esperado, como um mecanismo de “compensação” do organismo ao estresse que está sendo submetido.
Arritmia cardíaca é o nome dado para uma alteração na formação ou na condução do estímulo elétrico do coração, que podem provocar modificações do ritmo cardíaco. Elas se classificam como benignas e malignas e podem acometer pacientes de todas as idades.
Indivíduos que apresentam problemas no músculo cardíaco como cicatrizes de inflamações, infartos anteriores, doença nas artérias coronárias e insuficiência cardíaca, estão no grupo de maior risco para o desenvolvimento de arritmias malignas. Já os pacientes com corações estruturalmente normais geralmente apresentam arritmias benignas, embora haja exceções.
Existem vários tipos de arritmias, que podem ser classificadas das mais diversas maneiras. Costumo brincar com meus pacientes que tão importante quanto saber que tem uma arritmia é saber qual arritmia você tem, até porque, cada uma delas demanda de cuidados específicos.
Quando você me informa que tem arritmia é como querer descrever a roupa de uma pessoa e me dizer que está vestindo uma blusa: ela é branca? Preta? Verde? Manga longa? Manga Curta? Qual o tecido? Tem botões?
Taquicardia é o nome dado para quando os batimentos cardíacos acontecem mais rápido do que o normal. Já bradicardia é o nome dado para quando os batimentos acontecem mais lentamente do que o normal.
Quais os sintomas mais comumente associado a arritmias?
Nenhum sintoma
Tontura
Desmaios
Fraqueza
Palpitação
Sensação do tórax ou pescoço pulsátil / “Batedeiras”
Confusão mental
Cansaço fácil
Diagnóstico:
Um simples eletrocardiograma pode ser o suficiente para confirmação do diagnóstico, se conseguirmos flagrar as alterações de batimentos no exato momento em que ela ocorre. A grande questão é que, algumas arritmias que são intermitentes (ou seja, vão e voltam espontaneamente) e nestes casos são difíceis de documentar, tendo em vista que elas não avisam quando aparecem, nem quando desaparecem. Nestes casos, a realização de um Holter de 24h ou até mesmo um Looper de 7, 14 ou 30 dias pode ajudar.
Tratamento:
Nem toda arritmia precisa de tratamento específico, por isto, a definição terapêutica vai variar de acordo com o tipo de arritmia, sua causa, gravidade, condições clínicas do paciente (idade e condições pré-existentes).
O que se sabe é que, independente do tipo de arritmia, a prática regular de atividades físicas, a perda de peso, o ajuste de sono e controle de fatores estressores, a cessação do tabagismo, eliminação do consumo de bebida alcoólica e estimulantes com energéticos, drogas e cafés, além da perda perda de peso, são fatores coadjuvantes no tratamento.
Algumas pessoas, se beneficiarão de medicações betabloqueadoras ou antiarrítmicas; já outras podem precisar de tratamentos um pouco mais complexos como ablação, implante de marca-passo ou cárdio desfibrilador implantável.
Extra-Sístoles:
Se a contração normal do musculo cardíaco é constituída pela sístole (movimento de contração do musculo) e diástole (movimento de relaxamento dos músculos), é fácil inferior que extrassístole é o nome dado ao batimento “extra” do coração, que acontece antes do próximo batimento que estava programado para acontecer.
Ela pode ser classificada, de acordo com sua origem, como supraventricular: aquela cuja origem é acima dos ventrículos (ou seja, nos átrios); ou ventricular: aquela cuja origem é nos ventrículos.
De acordo com a frequência com que acontecem, elas podem causar os mais diversos sintomas. Na grande maioria das vezes, é pontual e rara, sendo assim, é assintomática, e benigna, visualizada apenas como um achado de exames. Porém, alguns pacientes, principalmente os mais sensitivos, podem sentir as batidas “mais fortes”, algo como uma sensação de “tranco” no peito, seguida de uma sensação de pausa nos batimentos cardíacos, que posteriormente retornam ao normal.
Quando muito frequentes, porém, podem desencadear mais sintomas como palpitações, tontura, desconforto torácico e até mesmo sensação de falta de ar, o que, a longo prazo, pode gerar uma dilatação do musculo do coração, o que demanda tratamentos mais específicos.